A casa vazia
Deixou o bilhete escorrer e entregou o corpo aos desejos possíveis, encostando-se na parede mais próxima em estado de euforia e suspensão. Porque cinco minutos são vinte não escutou a banheira transbordar. A água levando-a mais pra dentro de si mesma.
Um quarto para dois
Carregou-a pra dentro e fechou as janelas que logo começaram a transpirar. Há desejos aleatórios jogados no chão que ele tenta resgatar com cuidado. O corpo dela sobre a colcha os aquece e liberta de qualquer tensão. De todos os caminhos a boca é a desculpa para amar.
E a estrada, sempre
Jogaram a moeda pro alto e o resultado trincou o lábio com força. Então partiu, sentindo-se prisioneiro de si mesmo. O corpo deslizando pela parede feito chuva fina e o balão vermelho no céu deslocando-se ao encontro do carro. Desejos tomam o rumo dos
ventos incertos. A marca do pneu é quase que uma cicatriz no peito.
Tuesday, March 22, 2011
Friday, March 18, 2011
A maçã dentro do armário
No desistir da tristeza, os três tipos de liberdade. Entre a morte pequena e a maior. Entre a verdade inevitável que paira sobre a ponte e o crepúsculo alveolar. Pendente. E tudo aquilo que ela não consegue entender: a infância reminiscente. Árvores ocas para um eu efetivo. Se couber, os sonhos.
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