Pensamentos atrofiados que carrego no bolso.
( 718 - 404 - 1374 telefone público em frente ao salão da Carmem)
"Estou tentando descrevê-lo com a minha foto na mão. Eu sei. Não ... escuta, somos muito parecidos", insistiu Eva. "O quê? Você não está me escutando? Tem um auto-falante fantasiado de alter ego dizendo que você devia agir de forma mais natural?".
( 212 - 506 - 7721 telefone público da capela da Principal com a São Benedito)
"Soube que ele está vendendo barras de chocolate no céu. Não, não ... me disseram que está tudo bem, mas que as nuvens são duras e ásperas. Qualquer coisa sobre um condensamento mundano e uma placa que diz: não pise chão molhado. O suicídio do coroinha?", perguntou surpresa Doroteia.
( 718 - 303 - 9045 telefone público qualquer na esquina do Nosso Cinema)
"Repito insistentemente que a exposição Homem-Máquina aconteceu em 2002 ... acho que em São Paulo. Escutou? ... Brasil? Foi, foi ... Se ela sobreviveu? Bem, foi traumático, havia um filme japonês The Iron Man ou algo assim, mas que no fundo era sobre a nossa sociedade. Sabe como é, quando caem as máscaras: demência.
Porque de perto todos parecem iguais.
Desmemoriado numa segunda-feira, dia 10 de setembro de 2007