Tuesday, March 22, 2011

O destino entres as pílulas e os cavalos alados

A casa vazia

Deixou o bilhete escorrer e entregou o corpo aos desejos possíveis, encostando-se na parede mais próxima em estado de euforia e suspensão. Porque cinco minutos são vinte não escutou a banheira transbordar. A água levando-a mais pra dentro de si mesma. 

Um quarto para dois

Carregou-a pra dentro e fechou as janelas que logo começaram a transpirar. Há desejos aleatórios jogados no chão que ele tenta resgatar com cuidado. O corpo dela sobre a colcha os aquece e liberta de qualquer tensão. De todos os caminhos a boca é a desculpa para amar. 

E a estrada, sempre

Jogaram a moeda pro alto e o resultado trincou o lábio com força. Então partiu, sentindo-se prisioneiro de si mesmo. O corpo deslizando pela parede feito chuva fina e o balão vermelho no céu deslocando-se ao encontro do carro. Desejos tomam o rumo dos
ventos incertos. A marca do pneu é quase que uma cicatriz no peito.

Friday, March 18, 2011

A maçã dentro do armário

No desistir da tristeza, os três tipos de liberdade. Entre a morte pequena e a maior. Entre a verdade inevitável que paira sobre a ponte e o crepúsculo alveolar. Pendente. E tudo aquilo que ela não consegue entender: a infância reminiscente. Árvores ocas para um eu efetivo. Se couber, os sonhos.