Sunday, June 27, 2010

Matrioshka

Meu avô me contou que a mãe dele teve todos os filhos na fazenda. Doze pequenas camadas de si mesma. E de vez em vez, eles a deixavam. Cresciam até não caber mais dentro daquele útero folclórico e colorido--feito de barro e D´ele. Quando chegou a vez do meu vô, ele, maiorzinho, foi galopante buscar a parteira num povoado mais-pra-lá. Nenhum, nem niguém nunca morreu. Era como se a história do principiar de cada um fosse mito. Fragmentos de mimzinha e uma porção de coisas da mesma espécie, estendidas à mesma altura sobre uma superfície vermelha.

2 comments:

  1. "com um resto d tinta amarela", d tinta d todas as cores, Isa, querida, volta à casa.

    e é muito bonito poder ver e acompanhar tudo aos poucos, mesmo aqui d longe, das Minas-minerais-montanhas... rs :)

    enumerar camadas d si mesma e ter essa coragem só é praqueles mesmos, os corajosos, como dizia Rosa. se viver é mto perigoso, o mínimo q a vida pede da gente é a genuína coragem d viver.

    e sei q esse espaço aqui oferece cada poro pq, pra Isa, há transbordamentos d coragem.

    tô mto feliz com teu regresso!!!!!

    bjs,

    ReplyDelete
  2. E eu feliz com a sua visita!! São Rosa há de abençoar essa mão escrevinhadora...
    Bjo grande.

    ReplyDelete